Motoristas da Serra não entendem por que os postos da região metropolitana de Porto Alegre estão com a gasolina tão mais barata do que Caxias, inclusive abaixo de R$ 5, e muito antes dos primeiros postos de combustíveis daqui diminuírem os preços após anúncio da Petrobras na semana passada.
Para entender melhor por que essa diferenciação de preços ganhou força e saber se há margem para baixar mais o preço na Serra, a coluna procurou Diego Argenta, superintendente de varejo da rede SIM, maior grupo do setor de combustíveis no Sul do país. Com postos nas duas regiões do Estado, o executivo da companhia de Flores da Cunha chama a atenção para a questão da rotação dos estoques.
— A região metropolitana tem 4 milhões de habitantes, os postos vendem muito mais do que no interior do Estado. As diferenças de preço oscilam mas, geralmente, com um preço mais baixo na região metropolitana, principalmente ocasionado pela questão dos volumes, custos de imóveis, locação e outras questões, até mesmo em relação às distribuidoras — aponta Argenta.
O executivo acredita que, até o final do mês, os combustíveis vão continuar caindo de preço na Serra, mas a velocidade depende de outras variáveis de mercado. Ele também acrescenta que, na virada do mês, os combustíveis que estavam isentos de imposto federal voltarão a ter a tributação, e o preço de pauta estadual também sofrerá alteração. Ela se dará pela implementação da cobrança monofásica do tributo. Esta alteração vale para todos os Estados do Brasil. Pelos que tem visto de previsões, Argenta acredita que vai encarecer em torno de R$ 0,30 centavos o litro da gasolina, dependendo do que as companhias vão repassar paras os postos.