A semana que passou foi marcada pelas reflexões de diversas organizações para buscar alternativas em um cenário de pandemia que já dura um ano. Ninguém quer parar a atividade econômica, mas como evitar que isso ocorra é o principal desafio diante do pior momento do contágio e de ocupação em leitos de UTI.
Ao longo dos últimos dias, a coluna ouviu representantes de diversos segmentos econômicos e várias foram as sugestões: apoiar as iniciativas para ampliar a vacinação, auxiliar na estrutura de saúde dos municípios, reforçar a fiscalização e até tornar protocolos das empresas mais rigorosos. São medidas que buscam evitar o que ninguém quer: mais prejuízos econômicos que irão afetar a população.
Porém, em momentos em que os números de mortes e internações estavam menores, que pequenas atitudes do dia a dia das organizações poderiam ser tomadas para evitar que uma nova parada das atividades econômicas ocorresse, o que você fez? Será que aquela reunião, visita institucional, evento de apresentação precisava mesmo ser feita presencialmente ou poderia esperar mais um pouco? Mesmo com todos os cuidados, atos como esses são simbólicos e transmitem uma ideia de normalidade que, infelizmente, ainda não tivemos desde o final de fevereiro do ano passado.
De qualquer forma, o agravamento da pandemia provoca reflexões, que não devem ser somente sobre a atitude dos outros. Em muitas crises, o olhar para dentro do negócio foi o que garantiu a superação. Quem sabe esse olhar empático para a crise econômica atual provocada pela pandemia nos garanta que esse seja o pior momento de fato. Não é hora de apontar culpados, mas de cada um fazer a sua parte.