Com base na análise de notas fiscais eletrônicas, ou seja, com base no que é recolhido em ICMS, a Fecomércio conseguiu medir os primeiros impactos da pandemia na atividade econômica gaúcha, que recuou 10% desde 16 de março. A venda média diária caiu 16% no varejo na comparação com o mesmo período do ano passado.
Com exceção de medicamentos, produtos de higiene e alimentação e o que não é contabilizado pela Receita Estadual, como combustíveis e gastos com energia elétrica, todos os produtos apresentaram queda de 24%. O setor de vestuário é um dos mais afetados, com recuo de 53% no varejo gaúcho.
A região das Hortênsias é a mais impactada, com queda de 24% nas últimas quatro semanas, seguida da região metropolitana de Porto Alegre, com 13%, a Serra com recuo de 7%, e os Campos de Cima da Serra, com variação negativa de 5%. O principal reflexo está nos empregos, 19 mil postos de trabalho fechados em abril no comércio.
O levantamento também mostra que, mesmo sem as imposições legais, os consumidores estão se portando de maneira diferente. Isso vem sendo motivado pela soma de três fatores: redução de renda, incertezas com futuro e medo de contaminação. A Fecomércio ainda alerta que é fundamental que as empresas se preparem para novos períodos de interrupção das vendas de portas abertas.
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