Se Caxias do Sul sediasse mais feiras do porte da Mercopar, sua envergadura no mapa turístico de negócios seria outra. Nesta quarta-feira, segundo dia da feira industrial, o acesso ao Centro de Eventos da Festa da Uva a partir do início da tarde ficou congestionado. Longas filas davam pistas interessantes do cenário econômico.
Uma delas é que o mercado exige atualização em tecnologia de ponta e integração com as tendências nacional e internacional. Ficar de fora do palco de inovações é perder em competitividade. É correr o risco de ser superado pelo concorrente.
A segunda percepção é que o empresariado pode estar com os pés no chão no presente, ou seja, cauteloso, mas com esperança de melhora do contexto futuro, o que garante investimento em modernização de parques fabris para ganhar agilidade e excelência. Temas como Indústria 4.0 e startups com soluções fabris estiveram em evidência.
De qualquer forma, a Mercopar, que encerra-se nesta quinta-feira, movimentou hotéis, restaurantes e táxis de Caxias.
E mais: representou um termômetro de que o otimismo dita as tratativas e rodadas de negócios, colocando lado a lado fornecedores e grandes empresas. Os 315 expositores – 63% a mais do que no ano passado – não reclamam do burburinho e dos vários sotaques.
É possível que a expectativa de receber 13 mil visitantes durante os três dias do evento seja ultrapassada.