A primeira vez que li o texto Aula de Roland Barthes, eu era muito jovem. Li porque me fora, de certo modo, obrigado. Achei o texto chato, cheio de referências de um velho que falava sobre sua vida dentro dos estudos acadêmicos. Naquela época eu queria ler Anaïs Nin, Bukowski e Rimbaud. Queria ler algo erótico e de qualidade que me arrebatasse, me deixasse tonta e com vontade de escrever também, não notas memorialísticas de um professor. Uma heresia, confesso, mas não castigada, porque a juventude daqueles anos apazigua a ignorância da época. Há um saber que somente a idade traz. Não sou tão velha assim, verdade seja dita, mas depois dos 40 alguma coisa muda profundamente.
Aprender a fazer pausas
Opinião
A vida é cheia de esquinas
Releio Barthes e me surpreendo ao descobrir que gosto dele, talvez porque hoje eu esteja muito mais perto dele do que da criança que fui
Adriana Antunes
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