O número de acidentes de trânsito no perímetro urbano de Passo Fundo cresceu 8% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período no ano anterior. Conforme dados da Secretaria Municipal de Segurança Pública, o total de acidentes com danos materiais, lesões, mortes e atropelamentos foi de 1.414 para 1.535, um aumento de 121 casos.
O índice geral é impulsionado por colisões com danos materiais e lesões, enquanto o número de mortes e de atropelamentos diminuiu (veja abaixo).
Uma única morte foi registrada em 2024 no perímetro urbano da cidade. O caso foi em fevereiro, no cruzamento da Rua Claudino Toldo com a Avenida Presidente Vargas, e resultou na morte de Márcio Roberto Ribeiro. Na ocasião, o carro em que ele estava foi atingido por outro que se deslocava no sentido contrário.
Conforme o secretário municipal de Segurança Pública, João Darci Gonçalves, a média de mortes dos últimos dez anos vem diminuindo consideravelmente. De 2013 a 2018, a média de mortes dentro da cidade era de 14 por ano. De 2019 a 2023, a média foi de oito mortes anuais no trânsito urbano.
— Claro, não são bons números quando falamos de mortes, mas estamos diminuindo — afirmou Gonçalves.
O aumento do número de acidentes com danos materiais pode estar relacionado com a possibilidade de registro online das ocorrências, afirmou o secretário.
Entre os motivos de colisões e atropelamentos há dois cenários muito comuns: a imprudência por parte dos motoristas e a falta de cuidado dos pedestres na via. O celular é um dos grandes vilões da desatenção por parte dos condutores enquanto pedestres não têm o hábito de atravessar a rua nos locais sinalizados, como já identificaram agentes de trânsito através do monitoramento por câmeras.
Os acidentes de trânsito acontecem em toda a cidade, mas alguns pontos são citados pelo secretário como os mais movimentados pelos pedestres: as esquinas da Avenida Brasil com Sete de Setembro e a Rua Bento Gonçalves.
Para que os números diminuam, o poder público afirma que tem investido na educação, em especial de idosos, que são as vítimas mais comuns do trânsito na área urbana. Além disso, a expectativa é que as obras em andamento melhorem a sinalização das vias com o intuito de diminuir esses acidentes.
— Estamos acompanhando inclusive algumas críticas relacionadas às mudanças na Avenida Presidente Vargas, onde diminuímos a via. O objetivo dessa alteração é justamente dar mais possibilidade ao pedestre de atravessar aquela avenida com mais segurança. Quanto ao trânsito ficar mais lento, eu acredito que isso não acontecerá. Apesar de a via ser bem larga, ela não era estruturada para passar mais de um veículo. Já aconteceu de termos três veículos ao mesmo tempo, na mesma direção — disse.