A Brigada Militar faz buscas a dois apenados que fugiram da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Passo Fundo, na noite de quarta-feira (13).
Conforme a BM, a fuga ocorreu no momento da janta, por volta das 19h30min. A dupla rendeu um funcionário com uma faca, após o chamarem para um local reservado, pegaram as chaves do local e fugiram pela porta principal do estabelecimento.
Os apenados, de 34 e 29 anos, possuem extensas fichas criminais, com antecedentes inclusive por homicídio e roubo a veículo. A dupla seria ligada a uma organização criminosa do Vale do Sinos.
Ainda segundo a BM, os dois haviam sido transferidos do Presídio Regional de Passo Fundo para a Apac de Porto Alegre em julho, onde permaneceram alguns dias antes de serem levados à Apac do município do norte do Estado.
APAC
Inaugurado em 1º de março de 2023, o centro de recuperação social iniciou os trabalhos somente no dia 19 de agosto, em função do atraso no repasse de verba por parte do governo do RS.
A Apac é uma associação sem fins lucrativos que opera como entidade auxiliar dos poderes Judiciário e Executivo na reintegração social dos condenados. O local possibilita que pessoas privadas de liberdade cumpram pena em ambiente disposto à ressocialização, com acesso a profissionalização, educação, terapia, saúde e religião.
O centro é o terceiro do Estado, a capacidade atual é para 24 apenados, contudo quando todo complexo estiver concluído, o objetivo da direção é manter 120 detentos simultaneamente.
O prédio é dividido em cinco módulos, com setores administrativos, centro de integração social, alojamentos, biblioteca, salas para terapia e consultórios médicos e odontológicos.
Segundo a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), a Apac não conta com a custódia dos apenados feita pelo órgão.
Conforme o diretor da Apac, Vinícius Toazza, a dupla foi selecionada a partir de uma pré-inscrição realizada no presídio onde cumpriam pena. Segundo ele, a fuga não compromete a manutenção da Apac.
— Eles passaram por uma seleção e cumpriram os requisitos para fazer um curso na Apac em Porto Alegre, para depois se tornarem os instrutores dos outros detentos dentro da entidade em Passo Fundo — pontua.