
Com 19 votos favoráveis e um contrário, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei nº 21/2025, que autoriza a construção da Cidade da Polícia em Passo Fundo. O único voto contrário foi o da vereadora Eva Valéria (PT).
Com a aprovação da Câmara, a prefeitura de Passo Fundo está autorizada a firmar termo de cooperação com o Estado, por intermédio da Secretaria de Segurança Pública, para construir o complexo no espaço do antigo estádio Delmar Sitoni, na Vila Dona Eliza.
A obra foi autorizada pelo governo estadual durante visita do governador Eduardo Leite a Passo Fundo, no início de 2024, e deve centralizar todos os prédios da segurança pública em uma única área.
O investimento contará com verba estimada em R$ 25 milhões por parte da prefeitura, valor que engloba obras de dois prédios, infraestrutura de arruamento e espaços de convivência para a comunidade. Em contrapartida, o Estado vai repassar três imóveis para o patrimônio do município, áreas que juntas somam em torno de 6 mil metros quadrados.
A aprovação da Câmara foi motivo de comemoração entre os setores da segurança pública do município. Quando prontos, os prédios devem reunir cerca de 80 policiais, além de estagiários, funcionários do setor administrativo e outros servidores públicos. Devem funcionar no local:
- Secretaria Municipal de Segurança Pública
- Centro Integrado de Operação de Segurança
- Delegacia de Polícia Regional Integrada (DPRI)
- 1ª Delegacia de Polícia
- 2ª Delegacia de Polícia
- Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
- Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Projeto trará economia e melhores condições de trabalho, avalia chefe regional da Polícia Civil
Na avaliação do delegado regional Adroaldo Schenkel, a construção do espaço trará melhores condições à atuação da Polícia Civil na cidade e região:
— O projeto traz unicidade de várias delegacias para operações, investigações, despacho de viaturas e questões relativas ao trabalho diário. Tudo estará num único local, o que facilita o trâmite, além de propiciar a própria comunidade ser melhor acolhida do que está sendo hoje nos atuais locais — disse.
Hoje quatro delegacias atuam em espaços alugados. Depois que a obra for concluída, espera-se que a economia chegue a R$ 50 mil por mês só em alugueis que deixarão de ser pagos, disse Schenkel.
— Além das quatro delegacias que estão em imóveis locados, outra está provisoriamente em espaço insuficiente junto ao prédio do antigo Ministério Público, que é a Delegacia de Vulneráveis (Delegacia de Atendimento à Mulher e Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) — pontuou.
Além dos prédios públicos, o projeto inclui a construção de uma área de convivência na Rua Ouro Preto para uso da comunidade. Ainda não há uma definição se o projeto integrará a segunda fase das obras ou se haverá um terceiro projeto para essa iniciativa.