A criminalidade em Passo Fundo foi tema de debate realizado pela prefeitura do município, na manhã desta segunda-feira (17). O Fórum de Segurança Pública e Mobilidade Urbana reuniu autoridades da área e representantes políticos, com apresentação de programas já efetivados e espaço aberto para sugestões.
A segurança escolar foi um dos temas debatidos no encontro, uma vez que Passo Fundo teve aumento no efetivo de policiais após o ataque que mobilizou a comunidade de Blumenau, em Santa Catarina.
Como parte das ações do programa Escola Mais Segura, o município vai contratar vigilantes não armados para reforçar a segurança nas escolas municipais, de acordo com o secretário de Educação, Adriano Canabarro Teixeira. No entanto, ainda não há previsão de quantos agentes serão contratados e de quando o trabalho terá início:
— A inteligência da polícia está atenta às redes sociais e não há nada que indique qualquer ação violenta nas escolas. Estudamos também ações de prevenção que foram tomadas em outros países e vemos que o policiamento armado nas escolas não resolve a situação.
Outra medida a ser efetivada é o aumento das câmeras de monitoramento nas escolas, que hoje contam com 140 equipamentos.
Indicadores de criminalidade
Dentre os indicadores apresentados no Fórum pelo Comando Regional de Polícia Ostensiva do Planalto (CRPO) e pela Polícia Civil (PC), Passo Fundo aparece entre os 23 municípios que respondem por 85% da criminalidade no Estado.
Dentre os crimes monitorados estão homicídio, feminicídio, latrocínio, roubo de veículo, roubo a pedestre e furto de veículo. Só no primeiro trimestre do ano, quase 20 mil pessoas foram abordadas pela Brigada Militar, que agora conta com um sistema unificado de inteligência em conjunto à PC:
— Conseguimos monitorar por mapas de ilha de calor quais são as ruas e bairros com maior criminalidade, o que facilita na elaboração de políticas públicas e tomada de decisão — pontua o comandante do CRPO, Cilon Freitas da Silva.