Completando 10 anos de atividade, o Acampamento da Criança com Diabetes iniciou nesta quinta-feira (7) em Passo Fundo, no norte gaúcho. O evento faz parte de um projeto de extensão da Universidade de Passo Fundo (UPF), onde acontece o encontro.
Com o objetivo de promover o autocuidado e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com diabetes tipo 1, o acampamento conta com a parceria do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e o Lions Clube. A abertura oficial acontece nesta quinta-feira (7), às 20h, no auditório do curso de Odontologia. O evento segue até o próximo domingo (10).
— A intenção do acampamento é que todas as famílias se sintam acolhidas. Eles chegam aqui com muitas dúvidas, principalmente crianças e adolescentes que receberam o diagnóstico recentemente — pontua o coordenador da edição e professor do curso de Educação Física, Raphael Borges.
Além da recepção das famílias nesta quinta-feira (7), também foram montadas barracas no ginásio da UPF, onde os participantes ficarão alojados. Após o almoço, também houve verificação de pressão arterial, glicemia, exames de fundo de olho e HbA1c.
Por meio de experiências lúdicas e vivências educativas, os participantes terão atividades físicas, rodas de conversas e escreverão uma carta para ser colocada em uma cápsula do tempo.
Entre as atividades selecionadas para os quatro dias do acampamento está uma oficina de contagem de carboidratos para pais e adolescentes, atividade sobre saúde bucal com as crianças, além de troca de informações com psicólogos e endocrinologistas.
O cronograma também conta com atividades externas, como uma ida ao Passo Fundo Shopping e uma festa à fantasia com direito a karaokê.
Para comemorar uma década de existência, a coordenação do projeto também preparou atividades especiais como oficina de percussão, dança e um luau que deve reunir todos os participantes.
Acolhimento
O evento deve receber cerca de 140 participantes entre crianças, adolescentes e acompanhantes. Entre as famílias assíduas da atividade está Elisa Lazzari e o filho Artur, de 11 anos. De Porto Alegre, os dois já participaram de quatro edições do acampamento.
Elisa relembra que a família descobriu sobre a iniciativa alguns meses após Artur ser diagnosticado com a doença, aos seis anos de idade. Desde então, eles seguem participando do encontro.
— Começamos a participar para que eu e ele pudéssemos aprender sobre a diabetes, e para ele se sentir incluído na sociedade. Foi através de uma palestra da primeira vez que participamos que o Artur decidiu que queria fazer a insulina sozinho. Ele já conheceu outras crianças e fez novas amizades. Quando a gente recebe um diagnóstico de uma doença crônica incurável a gente pensa muitas coisas. Aqui nós nos sentimos muito acolhidos e recarregamos nossas baterias para lutar até o ano seguinte — disse.