Promover o autocuidado e a qualidade de vida de crianças e adolescentes. Esse é o foco do Acampamento da Criança com Diabetes, que começou na quinta-feira (9), na Universidade de Passo Fundo, no norte do RS. Nesta edição, o evento reúne 46 crianças e adolescentes, além de familiares e acompanhantes.
A programação se estende até domingo e tem apresentação de teatro, conversas com endocrinologistas, oficinas de alimentação, exames de visão, entre outras ações.
Lucas Radi Silveira Pereira tem 12 anos. Essa é a primeira vez dele no acampamento que acontece no campus da Universidade de Passo Fundo (UPF). Nesta sexta (10), enquanto tomava café da manhã no local, ele salientou que a experiência está cada vez mais divertida.
— Estou gostando bastante das atividades. Ontem (quinta) foi mais para a gente se conhecer. Hoje, vamos aprender a fazer a contagem dos carboidratos e ajuda muito a aplicação da insulina — disse o estudante.
Para a mãe do Lucas, Gabriela Radi Silveira, 33 anos, o acampamento serve como uma forma de orientar as pessoas e combater a desinformação.
— A diabetes tipo 1 é uma doença crônica. Mas, se ela for controlada, as crianças podem chegar até a fase adulta totalmente saudáveis. Por isso, precisamos quebrar paradigmas — salientou a assistente social.
Diabetes não possui cura, mas sim controle, conforme aponta a organizadora do acampamento, Fernanda Ceolin.
— Nós mostramos aqui que a gente pode fazer qualquer coisa, mesmo com a doença. Como acampar, por exemplo. Você pode fazer o que quiser. Isso mostra que tudo é normal. O foco principal aqui é o autocuidado — disse.
Organizado pela UPF em parceria com o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e o Lions Club, o evento chega à sua 10ª edição para celebrar celebra o Dia Mundial do Diabetes, comemorado em 14 de novembro. O acampamento faz parte do Projeto de Permanente Cuidado a Crianças com Diabetes, vinculado à extensão da UPF.