Um edital para retomar a obra do Hospital Público Regional de Palmeira das Missões, no noroeste gaúcho, deve ser publicado nesta semana, seis meses depois da rescisão do contrato com a antiga empresa responsável pela construção. A prefeitura prevê um novo contrato para realizar os estudos técnicos que antecedem o início das operações.
Os estudos são necessários para avaliar a recuperação da estrutura, que está parada há pelo menos um ano e meio, quando foi embargada em novembro de 2022. Na época, a prefeitura havia identificado problemas estruturais, como aberturas de fissuras, rachaduras e fendas, o que levou a rescisão do contrato.
— A empresa contratada deve avaliar a resistência do concreto e coletar matérias para vermos a qualidade do que temos e a partir de onde devemos seguir para continuidade da obra. Certamente não vamos precisar desmanchar nada do que foi feito, apenas reforçar a estrutura atual — disse Evandro Massing, prefeito de Palmeira das Missões.
O edital prevê até quatro meses para a empresa entregar os estudos técnicos. A partir daí, o projeto da continuidade da obra deve ser reestruturado e publicado ainda no segundo semestre deste ano. A estimativa da prefeitura é de que, após o início das obras, o prédio seja entregue em dois anos e meio.
— Nós trabalhamos para que esta obra se concretize em Palmeiras Missões, porque vai beneficiar a região como um todo — afirma Massing.
Obra começou em 2019
A obra iniciou em maio de 2019 com prazo de conclusão de dois anos. Sob responsabilidade da empresa paranaense Sial Construções Civis, a construção foi embargada em novembro de 2022 e o contrato rescindido em outubro de 2023. A justificativa da prefeitura era de que a empresa não tinha condições de continuar o trabalho.
Do custo de R$ 115 milhões, R$ 70 milhões já foram pagos. Com a retomada e possível balanço de valores, a estimativa é de que a obra fique orçada em R$ 165 milhões totais. Os recursos são destinados pelo governo federal, por meio de emendas da bancada gaúcha e verba do Ministério da Saúde. A prefeitura fica responsável pela contrapartida de 2%.
Após concluída, o hospital atenderá casos de média e alta complexidade, com 180 leitos de internação, 39 UTI e cinco berçários. A instituição será referência para mais de meio milhão de habitantes, de 72 municípios da Região Norte.