Pelo menos 22 famílias seguem desalojadas, nesta segunda-feira (24), após o temporal que atingiu São Luiz Gonzaga na noite de 15 de junho. Elas estão na casa de parentes e amigos até que possam reconstruir seus lares, que tiveram danos estruturais graves, em especial nos telhados.
A microexplosão que atingiu parte da cidade do noroeste gaúcho deixou 400 desalojados e pelo menos R$ 16 milhões em prejuízos, estima a prefeitura. O temporal forçou o município a decretar situação de emergência frente as 1,2 mil casas atingidas, além de seis escolas, duas unidades básicas de saúde, museu arqueológico e sede da cooperativa Coopatrigo. A zona leste do município de 34,7 mil habitantes foi a mais prejudicada, com oito bairros atingidos.
Das famílias desalojadas, 26 que voltaram para casa se depararam com as residências em condição precária. Por isso, a prefeitura distribui materiais como tijolos, areia e cimento para auxiliar na reconstrução, enquanto a Secretaria de Assistência Social visita os moradores para entrega de cestas básicas, roupas e outros itens necessários.
— Estamos encaminhando um pedido de recursos ao governo federal para que as famílias desalojadas possam refazer as suas residências. Além disso, estamos focados na limpeza da cidade, com ajuda das secretarias e Exército, para remoção de entulhos, mas não temos mais vias obstruídas — pontuou o coordenador municipal da Defesa Civil, Milton Nei Neves do Amaral.
Férias antecipadas nas escolas
Para resolver os problemas nas escolas atingidas, São Luiz Gonzaga antecipou o recesso de inverno em três instituições. As férias, que estavam previstas entre 24 de julho e 2 de agosto, iniciaram nesta segunda-feira (24) e se estenderão até 3 de julho. Conforme a Secretaria Municipal de Educação e Esporte, o prazo para conclusão dos reparos nas escolas é de 30 dias.
Outro prejuízo foi na recém-inaugurada Estratégia Saúde da Família (ESF) Dr. Chico. A unidade está com os atendimentos suspensos por tempo indeterminado, até que reformas possam ser feitas. A prefeitura alugou outro prédio nas proximidades para atender à população de forma emergencial.