A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) se prepara para fazer a última edição do tradicional calendário da entidade em 2025. Produzido há 14 anos, os meses do próximo ano serão ilustrados com fotografias dos usuários que passaram pela instituição ao longo de seus 57 anos.
Desde 2011, a Apae lança calendários como forma de angariar recursos para a instituição. Fundado em junho de 1967, o espaço atende hoje 500 alunos de 28 municípios com atividades em educação, saúde, assistência social e acessibilidade.
— Para fechar com chave de ouro, queremos reunir memórias da instituição, com destaque para os nossos atendidos. Por isso, estamos pedindo para a comunidade participar. Ao lembrar a nossa história também estaremos recordamos a de Passo Fundo — disse o presidente da entidade, Marlon Batista Moraes.
Conforme a Apae, o motivo para o fim do calendário é encerrar um ciclo. O produto auxiliou na arrecadação de fundos e a divulgar o trabalho realizado, mas, segundo a entidade, agora é o momento de encontrar novas formas de promoção.
A última edição dos calendários da Apae deve ficar pronta a partir de outubro. As imagens podem ser entregues na sede da Apae (Rua Bezerra de Menezes, 70 — Vila Popular) ou pelo WhatsApp (54) 99248-6482.
Apae desde o início
O pedido de fotos para a última edição do calendário da Apae faz lembrar o início da entidade. Quem liderou o movimento para abrir a instituição em Passo Fundo foi Alice Sana Costi, que idealizou a instalação de uma escola de educação especial e centro especializado para o tratamento de estimulação e reabilitação das pessoas com deficiência.
Desde a fundação, a Apae Passo Fundo atendeu a milhares de usuários. Entre eles está Claudionor Cruz, 68 anos, que parte da primeira turma em 1967. Ele tinha apenas 11 anos quando começou as atividades que hoje fazem parte de sua rotina três vezes na semana.
— Eu gosto muito de dançar e também comer a merenda. Sempre fui uma pessoa muito feliz. Só fico triste quando estou doente — disse Claudionor, que recebeu a reportagem de GZH Passo Fundo em seu quarto coberto de carrinhos de brinquedo, paixão dele.
A irmã, Rosemari Cruz, conta que a ligação com a Apae se estende para toda a família.
— Hoje ele faz tudo praticamente sozinho e Apae contribuiu muito para isso. É um sentimento muito bom ver essa ligação dele com a instituição e com a gente. É uma coisa muito boa — disse.