A Apae de Passo Fundo foi uma entre as 20 entidades selecionadas no Estado para passar a suprir a demanda gaúcha de atendimento a pessoas com transtorno do espectro autista e suas famílias. Ainda neste ano será implementado o Centro de Atendimento em Saúde, do programa de atendimento do governo estadual na cidade, passando a atender mais 1,2 mil pessoas, de 28 municípios da região Norte.
— O programa dá um maior aporte ao serviço prestado nas cidades. Será feito atendimento clínico de terapias, dando suporte às redes de saúde que vinham demonstrando falta de profissionais para atender esses usuários. A partir de agora, a Apae será a mantenedora desse programa do Estado aqui na região — explica uma das coordenadoras do centro, Regina Ampese.
A demanda atual de serviços de saúde da Apae é de cerca de 1.035 atendimentos mensais, que passará a ser somada com os 1,2 mil que serão encaminhados ao Centro, vindos das redes primarias dos municípios. Oito profissionais com formação em autismo já foram pré-selecionados para passar a integrar o trabalho. A estrutura da Apae também está sendo adaptada para dar conta das salas de atendimento em saúde.
— Além de aumentar nossa demanda, o Centro torna a Apae de Passo Fundo uma instituição regional, o que era justamente o nosso objetivo. Queremos prestar cada vez mais atendimento, enquanto tivermos condições, desenvolvendo mais e mais ações — almeja o presidente Marlon Batista Moraes.
De acordo com dados mapeados pelo último Censo, da população regional de quase 500 mil habitantes, 600 são casos confirmados de transtorno do espectro autista. Segundo controle da Apae, destes, boa parte ainda tem dificuldade de acesso a trabalhos de saúde.
Após homologação do serviço na última sexta-feira (30), a Apae ainda espera a assinatura do contrato com o governo estadual para início do funcionamento.
— É um auxílio muito grande que a gente dará para a região, e faremos parte de um serviço integrado de saúde, atendendo não só as pessoas mas as famílias também, através da avaliação e acompanhamento por equipe multidisciplinar — aponta a coordenadora, Regina Ampese.
GZH Passo Fundo
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