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Cidades da Região Norte prejudicadas por enchentes fazem mutirões de limpeza em busca de recomeço

População descartou móveis prejudicados pela água e tirar barro das ruas em Iraí e Porto Mauá

Maicon Parizotto

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Everson Dornelles

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Lavínia Fritzen

A terça-feira (10) começou com mutirões de limpeza nos municípios afetados pelas enchentes no norte do RS. Em Iraí, 150 famílias tiveram as casas alagadas depois que o Rio do Mel transbordou com a cheia do Rio Uruguai. Segundo a Defesa Civil, todas seguem fora de casa. 

Os moradores trabalham na limpeza das residências. Contudo, pelo fato dos rios ainda estarem acima do nível normal, o órgão orienta que a população afetada não volte para casa por enquanto, uma vez que a previsão é de mais chuvas a partir de amanhã.

Segundo o Balneário Oswaldo Cruz, que monitora o rio do Mel diariamente com base nos dados da Usina Foz do Chapecó, às 9h desta terça-feira o Rio do Mel estava 5 metros acima do nível normal. Já o Rio Uruguai, apontava 7m61cm, o que se enquadra como cota de alerta, segundo monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

A casa do aposentado Domingues Getulino Pereira foi arrastada. Com a força da água, parte da estrutura desabou com a enchente. 

— Não tenho mais condições para morar aqui — lamentou. 

Na casa do comerciante Mauri Carlos Lamarque, a água subiu tão rápido que só deu tempo de colocar alguns móveis e eletrodomésticos na parte mais alta do terreno. Ele limpou a casa nesta terça-feira, mas não sabe quando e se vai colocar os móveis de volta. 

Reprodução RBSTV / Divulgação
Lamarque colocou os móveis na parte mais alta do terreno assim que a água começou a subir

— Perdemos tudo. Está tudo no lixo, ali na frente da casa. Mas agora diz que está marcando mais chuva, então não vou voltar tudo para casa, porque corro o risco de perder o que sobrou — disse.

Porto Mauá 

Em Porto Mauá, na Região Noroeste, as operações da balsa seguem suspensas, ainda que o nível do Rio Uruguai já tenha começado a baixar. Não há previsão de retomada do serviço. Os dados do CPRM mostram que o nível da água continua na cota de alerta, com 10 metros. A Defesa Civil alerta que o rio está baixando cerca de 20 centímetros por hora. 

A balsa, que liga o município gaúcho à cidade argentina de Alba Posse, está suspensa desde às 14h30min de quinta-feira (5), quando a medição do rio ultrapassou oito metros, limite máximo para manter o serviço com segurança. As sete famílias que ficaram desalojadas já voltaram para casa. 

Os acessos às localidades de Itajubá e Barra do Santo Cristo, que haviam sido foram bloqueados devido ao avanço da água, já foram liberados, assim como  a ponte sobre o Arroio Jacarezinho. De acordo com a Defesa Civil, a única via que permanece bloqueada é a ponte do Rio Santa Rosa, mas o órgão afirma que a via deverá ser liberada até o meio-dia. 

Cacique Doble

No município do norte gaúcho, equipes trabalham na elaboração de laudos técnicos para decretar a situação de emergência na cidade ainda nesta terça-feira. Pelo menos 97 famílias foram afetadas pela inundação depois da cheia do Rio Carazinho, no fim de semana.

Seis precisaram deixar suas casas e passar a noite em abrigos municipais. Todos já voltaram para seus lares. A enchente ainda causou estragos em estradas do interior e na Linha São Sebastião do Butiá.

Trecho liberado em Erval Grande 

A ponte sobre o Rio Passo Fundo na RS-480, entre Erval Grande e Nonoai, próximo à divisa com Santa Catarina, foi liberada na tarde da segunda-feira (9), depois da redução do nível da água. 

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