A pesquisa de preço em diferentes estabelecimentos é a saída para economizar na compra de material escolar em 2024. Segundo o Procon RS, Passo Fundo está entre as cidades gaúchas com diferença significativa no valor cobrado por itens como cadernos, estojos e lápis de cor. Em alguns casos, a variação do menor para o maior preço pode chegar a 1.500%.
Além de Passo Fundo, também estão na lista Alegrete, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Passo Fundo, Porto Alegre, Rio Grande e Santa Maria.
Na cidade do norte gaúcho, o preço de estojos vão de R$ 3,30 a R$ 85. Preferido das crianças, os cadernos de desenho estão na casa dos R$ 3, mas podem chegar a R$ 31,94. Outro item é a caixa de lápis de cor, que pode custar R$ 40 (veja no gráfico abaixo).
De modo geral, os preços dos itens também subiram na comparação com o ano passado. Antônio Henrique Migliorini, gerente de um dos estabelecimentos visitados por GZH, os cadernos estão até 10% mais caros que os vendidos em 2022. O valor da mochila cresceu torno de 5%.
— Também teve outros itens que acabaram diminuindo o preço total da lista, como o lápis de cor. Os motivos têm a ver com a questão do dólar e preço de frete marítimo, visto que esses produtos são normalmente importados — ressalta.
Em outra loja, uma campanha foi criada para auxiliar os clientes e também o meio ambiente. A cada quilo de cadernos ou folhas usadas, o consumidor garante um desconto de R$ 1,50 na compra de um novo.
— Tem que ser folha branca usada ou não, depende da pessoa que iria fazer o descarte. Ela tirou a espiral do caderno e a capa e traz até a loja. Cada consumidor por CPF pode nos trazer até 50 quilos de folhas — explica a gerente operacional Rosvita Eberhardt.
Famílias buscam alternativas para economizar
Em busca de preços mais em conta, o mecânico Ezequiel Pause, 30 anos, viajou quase 100 quilômetros de Ibirubá, onde mora com a esposa e o filho, até um atacado em Passo Fundo. Ele planejava gastar pelo menos R$ 500 e se assustou com os valores dos cadernos e mochilas.
— A gente até busca na internet, mas o melhor é vir aqui. A cada ano, meu filho vai na escolinha e precisa de um tipo de material diferente, então se aproveita pouca coisa. Tem que renovar, comprar coisas novas, material novo, então acaba sendo um gasto maior — conta Pause.
A fisioterapeuta Diuly Wagner, 34, teve uma estratégia parecida: ela pesquisou na internet antes de buscar o material para as duas filhas em uma loja em shopping:
— Estava tudo comprado pela internet, mas quando eu fui finalizar, fiz o cálculo do frete e aumentava R$ 200, R$ 300. Claro que tem a comodidade de que vai entregar em casa, mas com o frete saiu muito caro.
Avaliar os materiais do ano anterior e o que pode ser reaproveitado também é importante, além de uma conversa com os filhos para evitar gastos excessivos com itens mais caros. Mãe de duas filhas, a médica Julise Balvedi, 35, costuma fazer as compras com a filha mais nova, Camila, 4, enquanto o marido fica com a filha mais velha, Marina, 7, em casa.
— A conversa é que a gente pega estritamente o que tem na lista de materiais, mas não pegamos nada em excesso que não tenha na lista. Os materiais do ano passado que sobraram a gente já separou. O que dá para usar esse ano a gente usa e só compramos o que está faltando — terminou.