Em pouco mais de seis meses, a obra da usina de etanol da Be8 já deu uma nova cara aos 80 hectares localizados às margens da BR-285, em Passo Fundo, no norte gaúcho.
Um time-lapse produzido pela fabricante de biocombustíveis (assista acima) mostra o avanço da construção, que entrou na segunda fase na última sexta-feira (21). Se antes o trabalho consistia em terraplanar o terreno, agora o foco é erguer a estrutura da fábrica que será a primeira de etanol de grande porte do Rio Grande do Sul e a pioneira de glúten vital do Brasil.
A primeira fase movimentou 1 milhão e 500 mil metros cúbicos de terra, entre corte e aterro, na área total de 80 hectares. Na nova etapa, trabalhadores começam a construir o espaço destinado à fábrica, que terá mais de 63 mil metros quadrados — o equivalente a oito campos de futebol padrão Fifa.
Até a semana passada, 130 trabalhadores operavam no local. Agora começam a chegar novos grupos de profissionais como engenheiros, mestres de obras e operadores de máquinas. À medida que avança, a obra deve chegar a 1,3 mil pessoas ao mesmo tempo na operação.
A expectativa é que a construção seja concluída em 2026. Quando começar a operar, deve gerar aproximadamente 175 empregos diretos. Ao todo, o investimento é de R$ 1 bilhão, sendo mais de R$ 720 milhões de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
- Por que isso importa: um investimento dessa envergadura traz emprego e dinheiro para Passo Fundo, e abre espaço para crescimento da economia local.
- Ao mesmo tempo... o investimento em Passo Fundo não desacelerou apesar dos solavancos que atrasaram o aumento das misturas de biocombustíveis no diesel depois das alegações de fraudes e repercussões das tarifas de Donald Trump sobre o mercado brasileiro.
A usina poderá produzir etanol anidro (que pode ser adicionado na gasolina) ou hidratado (consumo direto) e terá capacidade de 220 milhões de litros por ano. Também serão produzidos 27 mil toneladas/ano de glúten vital e 155 mil toneladas por ano do farelo de cereais conhecido como DDGS (Grãos Secos de Destilaria com Solúveis, em português).
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