
Criado em 2022, o Instituto Agregar, hub de inovação de Panambi, no noroeste gaúcho, planeja a construção da sede física. O espaço ficará em um terreno de 1,5 mil metros quadrados cedido pela prefeitura.
O projeto está na fase arquitetônica e deve ficar pronto até o fim do ano. A expectativa é que a construção aconteça em 2026 e que o prédio possa ser inaugurado em 2027.
Ao todo serão quatro andares, sendo o primeiro um Museu da Indústria e os demais destinados para salas de empresas, espaços coletivos e de eventos. As inspirações são os institutos Aliança (Passo Fundo), Caldeira (Porto Alegre) e Hélice (Caxias do Sul).
A estrutura será construída do zero — uma mudança nos planos depois da enchente do ano passado. O projeto inicial previa a instalação em uma antiga fábrica da agrícola Kepler Weber, mas o local está em área com alto risco de alagamento, o que fez com que os planos fossem alterados.
À época, o orçamento era de R$ 13 milhões. A nova estimativa de preços deve sair em breve. A partir daí, começa o período de captação de recursos, que devem ser próprios e de editais de fomento.
Até que o projeto saia do papel, o Instituto Agregar funciona dentro da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Panambi. Ao todo, são 19 associados — incluindo a prefeitura, ACI e sete empresas mantenedoras.
Enquanto a construção não acontece, o instituto trabalha para conectar empreendedores e buscar soluções para os negócios locais. Nesse ano, o plano é internacionalizar o hub a partir da relação com países como Paraguai, Uruguai, Alemanha e Israel, por exemplo.
Em 31 de março, o instituto participa do lançamento do Inova Blau, o ecossistema de inovação de Panambi, que busca conectar empresas, setor público, instituições de ensino e startups para fomentar o apoio a soluções criativas e impulsionar novos negócios.
— É um movimento amplo, uma comunidade. Não temos CNPJ. O objetivo é trazer a inovação para todos: comércio, indústria, estudante, dona de casa... Qualquer pessoa que se identifique com a temática pode fazer parte — disse o diretor executivo da ACI Panambi, Eduardo Lucas Sperb, que integra o movimento como voluntário.
O nome "Blau" faz alusão à cor azul — Panambi, em tupi guarani, significa "borboletas azuis" — e à expressão "alles blau", do alemão "tudo bem, tudo para cima".
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