Fica hoje ainda mais nítido que não houve exagero no entusiasmo que acompanhou a confirmação, em outubro de 2021, de que uma comitiva do Estado, em viagem à Europa, havia conseguido fechar o acordo para trazer no ano seguinte o South Summit para Porto Alegre. À época, dizia-se que era uma conquista e uma oportunidade. Conquista pelo fato de um dos principais eventos mundiais de inovação ser trazido para a Capital. E oportunidade pela possibilidade aberta de o encontro ser um potencializador do esforço já em curso de universidades, empresas, poder público e organizações da sociedade civil de fazer o Rio Grande do Sul se firmar como um polo efervescente de criatividade e negócios ligados à tecnologia.
A terceira edição do South Summit Brazil é a confirmação de que o RS conquistou o seu espaço no mapa-múndi da inovação
O Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre, recebe de hoje a sexta-feira a terceira edição do South Summit Brazil. O que era expectativa há menos de dois anos e meio se tornou uma realidade palpável. O evento chega a uma fase de maturidade e reconhecimento. Melhor ainda, está assegurado que a cidade sediará o encontro pelo menos até 2027. As conexões que proporciona, em termos de trocas de ideia e de experiências e de acordos para dar impulso a startups, ajudam a consolidar o Estado em uma posição de protagonismo entre os ambientes globais voltados a incentivar empreendimentos que buscam novas soluções criativas.
A prova do robustecimento desse ecossistema está na eclosão cada vez mais acelerada de empresas emergentes, nos hubs de inovação que se espalham pelas principais cidades do Estado e nos parques tecnológicos descentralizados, abrigados por universidades de todo o Rio Grande do Sul. É um sinal inconteste de que, embora os setores tradicionais ainda tenham grande peso na economia local, o desenvolvimento de novas tecnologias – em especial as digitais – é um vetor florescente de desenvolvimento. Por si e pelo potencial de impulsionar ainda mais os segmentos em que o Rio Grande do Sul é forte, como o agronegócio, a indústria, o comércio e os serviços. Neste contexto, requer especial atenção a inteligência artificial (IA), uma nova fronteira de progresso que traz novas oportunidades e desafios.
Para auxiliar o Rio Grande do Sul a ser um ator ativo nesta nova era, facilitando o surgimento de negócios, atraindo investimentos e retendo talentos, nada melhor do que um evento como o South Summit Brazil. Afinal, estarão na Capital a partir de hoje mais de 24 mil pessoas de 80 nacionalidades. A possibilidades de formar vínculos que se transformem em oportunidades é enorme. Virão para a cidade representantes de 124 fundos de investimento, um terços deles do Exterior, em busca de projetos promissores para apoiar. Trata-se de uma chance ímpar para os empreendedores gaúchos. Muitos, com suas ideias, estarão participando da Startup Competition, que neste ano reúne mais de 2 mil inscritos de dezenas de países e Estados brasileiros.
Ademais, o público que for ao South Summit Brazil será recebido em um espaço físico maior em relação às edições anteriores. Também cresceram as áreas de palcos, onde acontecerão palestras de lideranças de companhias e personalidades nacionais e internacionais, e os ambientes para encontros de negócios. Dez trilhas de conhecimento que exploram diferentes áreas prometem mostrar as tendências e novidades de segmentos como sustentabilidade, finanças, saúde, indústria 5.0 e inteligência artificial. A terceira edição do South Summit Brazil é a confirmação de que o Rio Grande do Sul conquistou o seu espaço no mapa-múndi da inovação.