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Pilares da competitividade

Ranking mostra o Estado agora em sexto lugar no país

Traz boas notícias e alertas para os gaúchos o Ranking de Competitividade dos Estados, do Centro de Liderança Pública (CLP), elaborado em parceria com a Tendências Consultoria. Instrumentos do gênero são úteis para os gestores vislumbrarem as dimensões analisadas que são pontos fortes e as que precisam de guinadas. O cotejo com as demais unidades da federação, de forma complementar, permite observar o desempenho relativo em relação aos pares e é um incentivo a mais ao aperfeiçoamento e à correção de rumos.

Especialmente empolgante é o fato de o Rio Grande do Sul ter ficado outra vez em primeiro lugar no país no pilar inovação

É animador que o Rio Grande do Sul, após cair uma posição na última edição do levantamento, tenha agora subido três. O Estado agora está em sexto lugar no país. Foi um dos três que mais galgaram colocações na classificação geral, mas segue superado pelos vizinhos Santa Catarina (2º) e Paraná (3º). Obter avanços, de qualquer maneira, é sempre positivo.

Maior competitividade significa, neste caso, o poder público ter mais condições de ser um agente facilitador e indutor do desenvolvimento econômico e social. Representa a ampliação das chances de os empreendedores locais progredirem e ainda elevação da possibilidade de conquistar investimentos, muitas vezes ferrenhamente disputados por outros Estados. As métricas também são critérios de atratividade. A competitividade, ao fim, traduz-se em bem-estar e renda para a população, além de melhores e mais eficientes serviços públicos oferecidos aos cidadãos e às empresas.

Especialmente empolgante é o fato de o Rio Grande do Sul ter ficado outra vez em primeiro lugar no país no pilar inovação. É, sem dúvida, resultado da contínua atenção à área nos últimos anos, em um esforço conjunto entre Estado, universidades, entidades e capital privado. Neste item, os gaúchos se destacam em depósito de patentes, empreendimentos inovadores, bolsas de mestrado e pesquisa científica. 

Foram conquistadas ainda boas colocações em sustentabilidade social (3º), eficiência da máquina pública (3º), segurança pública (5º) e sustentabilidade ambiental (6º). Parte desta melhora, avalia o CLP, é resultante das reformas conduzidas no Estado nos últimos anos, como a da previdência e a administrativa. É a prova de que perseguir transformações estruturantes dá resultados palpáveis e eleva a competitividade.

Em cinco das 10 bases temáticas dissecadas, no entanto, o Estado não tem colocações ideais, como é o caso da educação (9º), ou então está em patamares preocupantes, a exemplo da solidez fiscal (25º) e infraestrutura (21º). Na parte fiscal, pesam negativamente itens como gasto com pessoal, índice de liquidez e taxa de investimento. Na infraestrutura, segundo o CLP, atrapalham o desempenho pontos como custo do saneamento básico, da energia e qualidade das estradas, entre outros.

Deve-se celebrar as fortalezas do Rio Grande do Sul e dar o justo reconhecimento em relação aos avanços. Mas a competitividade é um processo contínuo em que os movimentos das demais unidades da federação também devem ser considerados. O ranking oferece, além da visão ampla dos pilares, um olhar pormenorizado dos itens que os compõem. Assim, é possível se debruçar sobre as grandes deficiências do Estado a partir de suas minúcias e, com um planejamento consistente seguido por uma execução determinada, partir para solucioná-las.


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