Podem existir razões que expliquem, mas não há justificativa aceitável para o retrocesso na coleta seletiva na Capital nos últimos anos. Reportagem de Marcelo Gonzatto publicada no caderno DOC aponta que, desde 2015, o percentual de resíduos recicláveis recolhidos e repassados para reaproveitamento caiu cerca de um terço em Porto Alegre. Ou seja, há menor cuidado no momento de acondicionar o lixo e maior mistura com os restos orgânicos. Espanta ainda que, mesmo com esta involução, a cidade apareça na sétima posição entre os municípios brasileiros com mais de 250 mil habitantes com os melhores indicadores na área, conforme a edição de 2020 do Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana. Um sinal inconteste do quanto o país vai mal nesse quesito, que não deixa de ser uma régua capaz de medir o grau de maturidade e de educação de uma sociedade. Caxias do Sul (10º) e Pelotas (20º) aparecem relativamente bem ranqueados, mas também estão apenas em uma situação não tão lastimável quanto a média nacional.
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