Por anos a fio, tratar das finanças do Rio Grande do Sul significava esmiuçar números sombrios, escancarar déficits gigantescos e apresentar perspectivas pouco animadoras. Junto à penúria vinham as queixas com a precarização dos serviços públicos, as frustrações pelos investimentos cada vez menores e, mais recentemente, as lamúrias pelos salários do funcionalismo atrasados. Não há a ilusão de que as dificuldades estruturais do Estado foram finalmente contornadas, de que o tão esperado equilíbrio orçamentário duradouro foi conquistado e os gaúchos passaram a contar com educação, saúde e segurança de primeiro mundo. Os desafios pela frente ainda são imensos, mas é inegável que, com as reformas, privatizações e responsabilidade fiscal, a situação do caixa do Piratini é mais administrável e com um horizonte não tão soturno. Uma prova são os anúncios feitos nos últimos meses de investimentos significativos com recursos próprios em áreas como saúde, infraestrutura e inovação.
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