A sucessão de entrevistas e discursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba demonstra que os 580 dias em que permaneceu preso em nada lhe serviram para refletir sobre seus erros e os de seus correligionários nos 13 anos em que foram senhores do raio e do trovão no Brasil. Ao contrário. Após sair da cadeia, Lula reassumiu as rédeas do PT e imprimiu um tom em suas falas que não deixa margem para outra conclusão. A corrupção desabalada e a caótica gestão de Dilma Rousseff, sua sucessora – que levou o país a ter uma inflação acima de 10%, Selic a 14,25% ao ano e desemprego de 13,7% –, parecem ter sido apagadas da memória pelo ex-presidente. Prefere repetir a cantilena de que é um perseguido político e dá sinais de que busca uma revanche.
Opinião da RBS
A arrogância de Lula
Sem autocrítica, petista prefere repetir a cantilena de que é um perseguido político