Por Gilberto Scopel de Morais, médico e ruralista
"Depois dos revolveres Colt, todos os homens ficaram iguais", era o slogan, a propaganda de venda quando estas armas passaram a ser industrializadas e colocadas no mercado à disposição de todos. Não mais importava o tamanho do indivíduo ou a força de seu braço, o que passou a valer foi a igualdade de capacidade de defesa ao alcance de cada cidadão. Se a proteção coletiva representada pela polícia é insuficiente, logicamente cada um fica autorizado a se defender por conta própria.
As leis devem ser feitas para defender os que trabalham honestamente e não para submetê-los aos bandidos. Ninguém é forçados a andar armado, sempre foi uma questão de livre arbítrio. Quem se considera incapaz, sem habilidade de defender a si ou a um semelhante numa situação de perigo, trate de ficar em casa como as ovelhas com medo dos lobos. Quem não sabe dirigir um automóvel, que aliás é muito mais perigoso que uma arma, vá de ônibus ou táxi. Na geração dos nossos pais, quando não se fazia demagogia sobre o assunto, a posse e o porte sempre foram decisões particulares que dependiam da necessidade de cada um. Os revólveres eram joias de família, que passavam por herança de pai para filho e nunca foram fatores de aumento de criminalidade.
Se a polícia não está sendo suficiente para desarmar os criminosos, se os juízes os soltam desavergonhadamente na mesma hora que são presos, se a impunidade impera e os bandidos continuaram usando livremente seus instrumentos de trabalho, porque nos proibir de andar armados? Podem exigir exames psicológicos, cursos de tiros, antecedentes de honestidade, carteira de trabalho, só não nos retirem a chance de nos defender.
Afinal, quem teve a infeliz ideia de nos desarmar? Quem está assumindo a responsabilidade de proibir as pessoas de se defender e aos seus familiares? Até plebiscito houve para ouvir a opinião dos brasileiros sobre o Desarmamento. A opinião do povo foi contrária e não foi atendida. O atual decreto presidencial só veio restabelecer a justiça.
No campo também não há dúvidas. O passado recente de invasões usadas para fins políticos, totalmente ilegais, por entidades sem figura jurídica imputável, que cresceram como erva daninha adubada pelo desarmamento dos produtores rurais, agora recebe a dose necessária de herbicida. O plano da extrema esquerda para sublevação rural brasileira levou um segundo basta, depois que lhes foram cortadas as verbas governamentais.
O decreto do presidente Bolsonaro, publicado no Diário Oficial da União, foi promessa de campanha eleitoral e foi tão eleito quanto ele. Com todas as dificuldades levantadas pelos opositores que perderam a eleição, hoje se tornou realidade. As pessoas podem se armar para defender suas vidas e propriedades, casas, chácaras e fazendas. Fica livre a venda de armamentos, munições e acessórios. O limite das munições que podem ser adquiridas por ano foi centuplicado.
Nada foi explicitado sobre a mortal faca de Juiz de Fora que continua impune.
Os que votaram em Bolsonaro estão gratificados por suas atitudes. Não importa o bombardeio por todos os lados dos que foram derrotados e continuam rangendo os dentes, contrariando absolutamente tudo que está sendo feito. Aos poucos o país vai voltar a ocupar a liderança que lhe cabe na América do Sul. A oposição derrotada vai continuar chorando as perdas nos cargos públicos, no Congresso, nas Universidades, na depuração da Previdência, no equilíbrio da Economia, enfim no poder. Com este Decreto do Rearmamento está sendo derrotado o Exército de Stedile, que nunca conheceu o campo de batalha.