Por tenente-coronel Zucco, deputado estadual, líder da bancada do PSL
"Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito; e aqueles que sabem muito falam pouco." A frase, de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo, teórico político e escritor suíço, resume a recorrente discussão em torno do fenômeno de 1964.
A blogosfera – que compreende todos os blogs como uma comunidade ou rede social – é pródiga na proliferação de conteúdos destinados a difamar e distorcer. A falta do saber e a ausência de informações são princípios da manipulação que intencionalmente "esquece" que em 1964 havia um clamor para que o Exército assumisse o poder.
A História demonstra que as Forças Armadas nunca foram intrusas. Pelo contrário, foram instrumentos da vontade popular. Os militares só ocuparam o poder quando o povo saiu às ruas para pedir o restabelecimento da ordem. Havia um clima de latente exacerbação que poderia descambar para a ocorrência de conflitos.
Foi também nesse momento que os empresários protestaram. Eles não queriam ver seu patrimônio estatizado pelo golpe de esquerda que se avizinhava, enquanto a mídia abominava a imprensa única. Já a Igreja Católica pedia a Deus para que os militares assumissem. É bom recordar, ainda, que a OAB e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) eram as mais exaltadas em favor do Exército em decorrência do clima existente.
Neste final de março, em que ressurge a polêmica do período militar, impõe-se um paralelo entre o Brasil e Cuba, que tomaram rumos opostos ideologicamente. O resultado salta aos olhos. Hoje temos a ilha caribenha esfacelada e miserável, que obriga sua gente a fugir do país a qualquer custo em busca de uma vida digna que ofereça emprego, alimento, esperança e, acima de tudo, liberdade.
É do conhecimento de todos que nosso país enfrenta reiteradas crises no campo social, ético e político, mas temos autonomia para manifestar nossas opiniões, indiferentemente do matiz ideológico ou doutrinário daqueles que criticam. Aqui a oposição tem voz, diferente do "paredón" de Fidel Castro, que só admite opinião favorável.
Como ocorreu em 1964, quando a população saiu às ruas para manifestar um rotundo "não" ao risco comunista, em 2013 brasileiros indignados de todos os quadrantes do país se levantaram para banir a corrupção patrocinada por sucessivos governos de esquerda que desviaram recursos e dilapidaram bens públicos.
Impõe lembrar que o período militar foi marcado por 20 anos de pleno emprego, segurança e respeito aos humanos direitos. Passamos de 49ª para oitava economia do mundo, mesmo com duas crises do petróleo. Foram construídas hidrelétricas, portos, rodovias, ferrovias, corredores de exportação.
É lamentável que em pleno século 21 se desperdice tempo e energia com uma polêmica fomentada por aqueles que se opõem ao atual governo. Há demandas urgentes e complexas que afligem nossa gente. Vamos olhar para a frente e viabilizar o projeto de nação consagrado pelos eleitores que fizeram de um militar, o presidente Jair Bolsonaro, o repositório de suas esperanças.
Pátria, dever e honra!