A relevância do agronegócio gaúcho ficará mais uma vez em evidência a partir desta segunda-feira, quando será inaugurada a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. Trata-se de um dos maiores eventos do setor do mundo, com público esperado de 250 mil pessoas, representando mais de 70 países, e que chega à sua 20ª edição com pleno êxito.
O otimismo que cerca a feira em 2019 não é obra do acaso, mas sim o resultado da visão empreendedora e da busca pela excelência em um setor que investe constantemente em pesquisa, tecnologia e inovação. Hoje, o Rio Grande do Sul responde por mais de 60% do mercado de fabricação de máquinas e implementos agrícolas no Brasil, gerando empregos, impostos, desenvolvimento social e econômico.
A feira tem servido como catalisadora de importantes movimentos de defesa do setor
Espera-se, entre hoje e sexta-feira, a superação do montante comercializado em 2018, que foi de R$ 2,2 bilhões. Para tanto, é grande a expectativa pela liberação, por parte do governo federal, de R$ 3 bilhões para o programa o Moderfrota, principal linha de financiamento de tratores e colheitadeiras do país, gerida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Vale lembrar que já foram liberados, no mês passado, R$ 470 milhões extras. O novo modelo de seguro rural e o auxílio ao setor orizícola, afetado negativamente pelas chuvas no começo do ano, também estarão na pauta da cadeia produtiva do agronegócio.
Além do seu fundamental aspecto econômico, a Expodireto Cotrijal tem, ao longo da sua existência, servido como catalisadora de importantes movimentos políticos de defesa do agronegócio. Foi o que ocorreu, por exemplo, no debate que antecedeu a introdução de produtos transgênicos nas lavouras do Rio Grande do Sul e do país.
Um dos termômetros do espírito empreendedor que floresce no evento foi a reação positiva e imediata aos danos causados pelo temporal de sexta-feira. Apesar dos estragos em muitas instalações, o fim de semana foi de trabalho e de recuperação para evitar danos à programação.
No momento em que os novos governos estaduais e federal se iniciam, é imperativo que, tanto Brasília quanto as capitais estaduais, ouçam a voz do campo. O agronegócio é um dos mais perfeitos exemplos do Brasil que dá certo. Precisa ser, cada vez mais, valorizado e estimulado.