Por Ricardo Felizzola, CEO do Grupo PARIT S/A
Mudanças! Afinal os médicos cubanos e o assassino italiano que vivia no paraíso da impunidade já foram para casa, dois absurdos rapidamente terminados. Desmanchar é a principal tarefa deste novo governo. Diminuir o Estado, a burocracia, a ineficiência e, por fim, a injustiça... Não é por falta de juiz bem remunerado que vivemos na injustiça, é por falta de uma cultura que premie o cidadão que trabalha, que é honesto e permita a ele dizer para onde o governo deve ir e não o contrário. Permita a ele ter o direito de, para defender sua família, decidir em possuir ou não uma arma em sua casa.
Num país onde trabalhar no Uber é caminho para cemitério com direito assegurado ao assassino de “proteção” legal e indultos em algum Natal próximo e onde o crime só faz compensar as coisas tem de mudar. E lá estão os legisladores, os antigos e quiçá os novos, esperando sua cota de vantagens para alterar pequenos trechos de uma Carta moribunda escrita para beneficiar, por exemplo, mais de 50 mil senhores imunes a qualquer investigação que não seja a do STF.
Como disse o ministro Guedes em seu discurso de posse, a democracia brasileira gerou uma aliança entre conservadores e liberais, chamada de direita pela esquerda de plantão, para dar uma oportunidade ao Brasil de abandonar 130 anos de uma cultura de esquerda, onde o Estado não é uma instituição-meio e sim uma instituição-fim existindo para atender suas próprias necessidades. Prometendo, e só prometendo, benefícios, ele justifica sua construção num processo de exploração via impostos de seu povo produtivo. Tudo forjado nas ideias positivistas dos primeiros atores da República e que evoluíram via personagens como Floriano, Castilhos, Borges, Getúlio, os militares de 64 e, finalmente, via MDB, PSDB e PT. Todo mundo alinhado criando tetas e mais tetas, sem falar na corrupção.
Esta cultura é contra a grande e verdadeira minoria humana existente no planeta: o indivíduo. Ao limitar liberdades individuais, o Estado passa a ser a solução divina para a construção da sociedade e isto não funciona. Ela deve se formar da cooperação individual via valores comuns considerados do bem (os valores conservadores) e sua riqueza vem da liberdade para produzir (economia liberal). Com entusiasmo, mas com limitado otimismo pela reação de muitos, observo a oportunidade em curso.