Por Daniel R. Randon, vice-presidente de Administração e Finanças da Randon S.A. Implementos e Participações e presidente do Conselho Diretor do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP)
Em janeiro assumem novos governantes, Federal e Estadual, com promessas de liderar urgentes mudanças capazes de reverter o caótico quadro que vivenciamos em todas as áreas da vida nacional. Convém lembrar que grande parte dos eleitores de Bolsonaro votou por um Estado mais enxuto e eficaz e por um modelo de governança que, acima de tudo, respeite a Constituição.
Talvez não saibamos exatamente como seria este inovador formato. Mas sabemos todos o que não queremos mais. Particularmente, eu não quero lideranças corruptas com seus aflorados superegos, sem ética, usufruindo do imoral, mesmo que legal. Eu não quero ser liderado por alguém sem visão de negócios sustentáveis. Eu quero, sim, uma liderança que amplifique os seus exemplos para as organizações e para a sociedade. Estes podem mudar o país, mas com humildade e principalmente com a sabedoria de governar para todos.
Não quero um gestor público que convive — e aumenta — o déficit todo ano por não saber gerir os recursos públicos, gastando mais do que arrecada. Não quero um governo que não gera confiança a investidores, brasileiros e estrangeiros, diante de um país cheio de riquezas naturais e com um povo multicultural e trabalhador. Quero deixar de ouvir falar de um “país do futuro” que nunca chega.
Na crise, os custos têm de ser reduzidos pelo topo. Estruturas mais enxutas criam melhor alinhamento das lideranças. Com isso, ganha-se em velocidade nas decisões com menor redundância e burocracia, resultando em maior assertividade.
Não quero mais um país apenas com direitos. Quero um Brasil onde há consciência sobre os deveres de cada cidadão, onde cada um faça a sua parte e entenda que “o seu direito acaba onde começa o dos outros”, como no dito popular. Não quero mais viver num país com violência e insegurança. Precisamos viver com dignidade, com a liberdade de ir e vir em qualquer horário e não como reféns da bandidagem.
Não quero mais analfabetos. A educação começa em casa, com os pais reforçando os valores básicos e estes devem se envolver junto à comunidade e à escola na construção de um novo ensino.
Não quero mais um governo intervencionista. Quero empreender com liberdade porque apenas isto gera inovação, empregos e riquezas para o país, que precisa acompanhar as mudanças tecnológicas, caminho para uma nação de primeiro mundo; o resto é estória!!!