Por Themis Groisman Lopes, psiquiatra
No candeeiro aceso pela pergunta, a lareira em cinzas sem resposta. As esperanças se confundem no mundo indesejado, com tantas batalhas travadas no front da insensatez O fogo e a brasa apagada se confundem levando consigo a razão e a paz. Rixas desnecessárias tornam-se os pratos diários servidos com alimentos indigestos. A pergunta continua na espera da conciliação.
Sejamos maduros para que se mantenha acesa a chama da liberdade. Os assuntos são repetidos cotidianamente, enquanto uma situação de importância vital é deixada de lado e só os profissionais conscientes se preocupam com ela.
Refiro-me ao alarmante número de crianças e adolescentes suicidas em nosso país. O índice é cada vez maior. Não pode haver divulgação para proteção dos próprios e para não desencadear uma onda suicida. No entanto, as autoridades competentes não tomam as devidas providências para evitar uma verdadeira tragédia.
Os pais, assim como os professores, devem ficar muito alertas para qualquer mudança de comportamento, tal como uso de drogas ou álcool, tristeza constante, isolamento, ou excesso de tempo passado diante de um computador ou celular, cada vez mais afastados dos relacionamentos pessoais É necessário que os pais falem abertamente sobre o assunto.
Os fatores responsáveis pelo evento são múltiplos. Na atualidade, cito um: as crianças e os jovens vivem cada vez mais num mundo virtual, mágico, onde tudo é perfeito e quando sofrem alguma frustração não suportam e se matam. Existem sites que convidam o jovem a praticar suicídio. Os pais não têm tempo de dialogar com os filhos, pois além do trabalho, também são envolvidos pelo virtual.
Meu alerta é um apelo veemente: salvem as crianças e os jovens. Quem ameaça, faz; e todos avisam de uma forma ou outra, o que podem fazer.
Reavivem as chamas da lareira e respondam ao SOS de seus filhos.