Por Úrsula Petrilli Dutra Christini, servidora pública e blogueira
Não há dúvidas de que a Copa do Mundo possa envolver interesses obscuros e por vários motivos não ganha seguidores e receba muitos críticos.
Mas por outro lado, não há como negar que seja um evento que nos remete à união. Mais do que disputa, nos remete à união entre países, à celebração, à confraternização, à emoção, a vitórias e derrotas.
Quem nunca foi criança? Quem nunca gostou de uma brincadeira, de um jogo? E de uma bola, então? Mesmo que não seja de futebol, não há como uma criança não se encantar por uma bola. E o futebol? Falo para meu filho que futebol e bicicleta são algumas das brincadeiras mais legais que existem, porque mesmo quando ele for adulto poderá se divertir com o futebol e andar de bicicleta.
E, independente, dos problemas do país, é certo que o ser humano necessita sim, de diversão, de distração, de esporte, de lazer.
O futebol, quando bem utilizado, aproxima as pessoas, abre conversas, e desmancha barreiras. Ainda que aparentemente seja uma conversa entre rivais como gremistas e colorados, mostra-se um verdadeiro paradoxo, porque mais do que discutir, as pessoas se aproximam, pela paixão em comum. E o que falar da Copa, então?
O Álbum da Copa, onde as figurinhas motivaram bancas lotadas nos finais de semana, com famílias inteiras, e suas listas, conferindo tabelas e mais tabelas, para completarem seus álbuns?
E os bolões, criados até em grupos de Whatsapp, onde, pela emoção da aposta, as pessoas se empolgam em acompanhar não só o resultado do Brasil, mas de todos os jogos?
Um evento mundial que une países de quatro em quatro anos, que magnífico! Aí se poderia pensar: "Que exagero, por que tanta celebração? Que bobagem isso tudo". Será mesmo?
Observando o álbum da Copa, percebi que o evento criado em 1930 não teve suas edições nos anos 40, e sabe por quê? Porque foi o período da 2ª Guerra Mundial!
Vamos celebrar esse momento e torcer para que continue de quatro em quatro anos, sem interrupção por períodos de guerra, vamos torcer para que, cada vez mais, se celebre a paz no mundo, que de certa forma é celebrada nesse Campeonato Mundial.