A tecnologia veio para melhorar a vida do ser humano em vários aspectos
Quem será o líder do futuro? Quais profissões vão morrer e quais são os caminhos a serem seguidos por quem vai entrar no mercado de trabalho agora ou, antes ainda, por quem vai ingressar na Universidade? Essas perguntas têm me sido feitas por jornalistas, alunos e profissionais.
Não é preciso ressaltar o que mudou nesses últimos 30 ou 40 anos. A tecnologia veio para melhorar a vida do ser humano em vários aspectos. Mais conforto, mais facilidades, e permitiu seguramente maior conectividade virtual.
Acompanhar as mudanças é fundamental para qualquer profissional, mas veja, não é problema nenhum não saber para onde ir nesse começo de vida. É natural que se leve algum tempo para achar o caminho. Tendo eu nascido em meados do século XX, vim dar o meu primeiro telefonema quando tinha 15 anos, na fábrica de calçados onde eu começara a trabalhar. Computador eu só fui conhecer com 34 anos, um XP, sem disco rígido.
O que quero dizer, é que não comungo dos vaticínios propagados por neo-gurus de que 60% das profissões existentes hoje vão desaparecer em alguns anos. Mesmo que algumas profissões desapareçam isso não é motivo para alarme. O que, na verdade, é, e sempre será fundamental, é a formação integral da pessoa para fazer frente aos desafios que estão por vir. E isso engloba conhecer ideias fundadoras, ter princípios éticos, aprender a conviver com a diversidade social e cultural.
Quando converso com empresários, o que sempre escuto é que o capital humano é o que faz a diferença. Mesmo que as questões técnicas se resolvam com a tecnologia, o cérebro pensante ainda é fundamental para os negócios e para a inovação, em que pese toda a gama de algoritmos que aprendem.
E nesta aldeia global, o talento que vai posicionar-se como o líder do futuro é aquele que, como premissa seja fluente em inglês e mais uma terceira língua, tenha sólidos fundamentos éticos e seja capaz de integrar e motivar equipes. O talento global é aquele que tenha, além das habilidades interpessoais, também a capacidade de entender o que ocorre no mundo, conhecer e entender outras culturas e saber conviver com essas diferenças.