* MBA Economia ATS – USP/Fipe
A saúde é um item básico vinculada a um modelo econômico em que as principais variáveis são as financeiras. O modelo gaúcho conta com alguns hospitais centenários fora das concepções arquitetônicas atuais e, se a rede primária de atendimento em saúde tem baixa resolução. A falta de profissionais, a escassez de recursos e carência no diagnóstico e terapia são obstáculos intransponíveis aos usuários.
A mudança da pirâmide etária da população, com maior concentração acima dos 60 anos, aliada a costumes alimentares e caracterizações étnicas, determinam o aumento na incidência de doenças crônicas. O perfil das doenças transformou o atendimento das demandas essencialmente hospitalar. Um crescimento que contrasta com a diminuição de leitos e impede uma equação simples e rápida da questão.
Ações como a ampliação do acesso à atenção primária, extensão do horário de atendimento, telemedicina, não têm sido suficientes para eliminar a superlotação. Mais efetivo e eficaz seria a ampliação e modernização do complexo hospitalar da cidade, preenchendo a lacuna deixada desde o fechamento dos Hospitais Lazarotto, Petrópolis, Reumatologia, Independência e Parque Belém, os quais juntos disponibilizavam cerca de mil leitos ao sistema de saúde da Capital. Isso sem considerar as instituições que sucumbiram no interior do estado, fruto da crise enfrentada pelos hospitais do SUS.
A solução do flagelo da superlotação das emergências não se restringe à construção de novos hospitais, às tecnologias duras. Urge ampliar e modernizar o acesso aos leitos existentes, para isso é preciso radicalizar a utilização das novas tecnologias de triagem. Tendo em vista saber que existe, sim, ociosidade, seja por ineficiência da regulação ou morosidade da gestão. O gerenciamento do acesso deve estar vinculado com o sistema de faturamento "pari pasu", o qual seja "atendeu/recebeu".
Esta é a única forma de garantir a efetivação da linha do cuidado, corroborando uma máxima no SUS: "O importante é ser bom para o usuário".