Considerado o pai da administração moderna, Peter Drucker cunhou muitas frases que, por serem geniais, resistem ao teste do tempo e comunicam de forma simples conceitos de grande profundidade, como é típico dos grandes mestres.
Entre as que mais gosto, e trago aqui para dividir com os leitores, uma em que o professor afirmou: "Se você quer algo novo, precisa parar de fazer algo velho".
Máxima amplamente incorporada por executivos de empresas, em seus ininterruptos esforços para permanecerem relevantes a seus clientes, aplica-se às reflexões individuais que a Semana Santa nos convida a fazer e serve, também, para orientar nossa caminhada enquanto sociedade que precisa encontrar seu caminho evolutivo rumo ao desenvolvimento.
Todos estamos ainda bastante impactados pelo que vimos e ouvimos na mais recente divulgação da Operação Lava-Jato, justificadamente. As revelações do grande executivo evidenciam diversas facetas da ineficiência estatal brasileira, e sem dúvida apontam para algo velho que precisamos parar de fazer.
E em todas as redes sociais e rodas de conversa repercute também a chamada "lista de Fachin", que aprofunda ainda mais nossa percepção da imensa quantidade de coisas velhas com as quais não se pode mais compactuar.
Em mais uma de suas sensacionais tiradas, disse o professor Drucker que "não existem países subdesenvolvidos. Existem países subgovernados".
Ao mesmo tempo, parecem eclipsadas, ao menos em parte, algumas medidas relevantes e de positivo impacto na competitividade das empresas brasileiras, como a quinta redução consecutiva da taxa Selic, a reforma da Consolidação das Leis do Trabalho e o reconhecimento da inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições PIS e Cofins.
Curioso que esses fatos tenham ocorrido bem perto do domingo de Páscoa, cuja simbologia é justamente a do renascimento. Da vitória, da verdade, e da derrota da injustiça.
Há muito para deixarmos para trás e um longo caminho à frente.