As patologias do setor público, evidenciadas com ênfase no Rio Grande do Sul, enfraquecido pela doença de inconsequentes gestões, mostraram tudo o que não se permite mais fazer. Administrar com descontrole, privilégios, gastos desmedidos e nada de espírito público e consideração com os recursos arrecadados, resultaram na calamidade financeira anunciada.
O Estado quebrado não poderia continuar. Nossa economia parou, a insensatez passou ao comando e os gaúchos foram perdendo um pouco de tudo, até ficarem com muito pouco. Vivemos um longo período autista.
Somado ao descontrole nacional, assolado pela brutal crise política e econômica, perdemos mais que indicadores: a nossa autoestima. Ficamos sem plano de voo. E assim não poderia continuar. Estávamos perdidos e incapazes paralisados para reverter os acontecimentos e suas consequências.
O pacote de modernização do nosso governo veio a tempo de ainda mudar e preparar o Rio Grande para as próximas gestões. Sem fôlego para nada, a alternativa é transformar sem plano B pois foram desperdiçadas todas as possibilidades de inverter esta lógica cruel. E assim fizemos. Com coragem e determinação, fomos em busca da inversão. Ou víamos tudo desmoronar ou teríamos uma chance de melhorar...
A robustez das medidas de modernização ganharam apoio da maioria dos deputados que, em sintonia com as necessidades de mudança, votaram pelo futuro. Uma delas, muito simbólica e significativa, não foi aceita.
Agora, com parte do projeto de modernização aprovado, chegou a hora não só de agradecer mas de reconhecer que nunca mais poderemos ficar paralisados ou alimentar a inépcia como aconteceu por mais de 40 anos. Chegou o momento de torcer para que o alto custo de tantas mudanças seja revertido em progresso, serviços, infraestrutura e autoestima. Desvio de funções: nunca mais.
O tempo é de decência fiscal na gestão dos interesses públicos. Um Estado moderno é aquele que respeita e atende, com serviços, as necessidades de seus cidadãos. Não há mais espaço para aquele ente pesado, paquidérmico e nocivo. Apostamos num Estado adequado com políticas públicas de investimento e sem privilégios, voltado para a sociedade. Seja bem-vindo 2017!