Encerram-se neste domingo os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, os primeiros realizados na América do Sul, desafio imenso para um país que atravessa a maior crise político-econômica de sua história. Para promover uma competição de 17 dias, que reuniu 10 mil atletas de 205 países, a capital fluminense recebeu aporte de recursos federais para custear a infraestrutura e a segurança do grande evento. Havia muita preocupação internacional – e local também – com a violência e com a possibilidade de algum atentado. Nada disso ocorreu, pelo menos até a antevéspera do encerramento. Todos os incidentes registrados, entre os quais o acidente de trânsito fatal com o treinador alemão, a queda de uma câmera sobre torcedores e o falso assalto dos nadadores norte-americanos, foram considerados normais ou pelo menos aceitáveis para uma concentração tão grande de pessoas. Não tiraram o brilho e o reconhecimento de uma Olimpíada organizada com eficiência e bom gosto.
Editorial