Num dia triste para a liberdade de imprensa, o jornalista americano-iraniano Jason Rezaian foi condenado no domingo por um tribunal em Teerã. Preso desde julho do ano passado, ele respondia por acusações de espionagem das quais se diz inocente.
Rezaian, 39 anos, trabalhava como correspondente do jornal The Washington Post na capital iraniana havia dois anos. O redator-chefe do Washignton Post, Martin Baron, declarou que "o vago comunicado" emitido pelas autoridades judiciais iranianas se soma a "todas as injustiças que cercam o caso".
Conheço alguns dos jornalistas que conviveram profissionalmente com Rezaian. Além de repórter talentoso e competente, todos o consideram um ser humano de sensibilidade e caráter. Uma de suas colegas do Post, a repórter especial Dana Priest, que esteve em julho no Brasil, mostrou-me o comovente trabalho de seus alunos de Jornalismo na Universidade de Maryland: uma campanha virtual pela libertação de Rezaian e de outros profissionais presos ao redor do mundo. O símbolo da campanha, batizada de Press Uncuffed (Imprensa sem Algemas), é um bracelete com o nome dos prisioneiros.
Na época, Dana comemorava a libertação de um dos alvos da mobilização. Rezaian não teve a mesma sorte. Informações sobre a campanha Imprensa sem Algemas podem ser obtidas no site.
Olhar Global
Luiz Antônio Araujo: liberdade para Rezaian
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Luiz Antônio Araujo
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