Neste sábado (14), o governo venezuelano denunciou um suposto plano contra o presidente Nicolás Maduro e outros funcionários e deteve 14 pessoas que estariam envolvidas, entre elas seis estrangeiros - três americanos, dois espanhóis e um checo.
À imprensa, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmou que um dos americanos presos, um homem identificado como Joseph Casteñeda Gómez, faz parte da Marinha dos EUA e o acusou de fazer parte de uma equipe de mercenários.
O ministro mencionou um suposto plano para atentar contra o presidente Nicolás Maduro e autoridades do Executivo, após as eleições de 28 de julho, nas quais foi proclamada a reeleição do presidente em meio a denúncias de fraude pela oposição.
Cabello vinculou os supostos planos para "atacar" a Venezuela a centros de inteligência da Espanha, dos Estados Unidos e à líder opositora María Corina Machado, além de outros dirigentes.
As prisões ocorrem em meio a fortes tensões diplomáticas entre Caracas e os governos da Espanha e dos Estados Unidos.
Na operação, Cabello disse que foram apreendidos cerca de 400 fuzis que seriam utilizados com o intuito de provocar atos violentos no território venezuelano.
Neste sábado à noite, um porta-voz do Departamento de Estado americano classificou como "categoricamente falsas" as acusações de que os EUA estariam envolvidos em um complô para desestabilizar o governo Maduro.
O funcionário confirmou que um militar americano foi detido e citou "relatórios não confirmados de outros dois cidadãos americanos detidos na Venezuela".