Com Edmundo González Urrutia no exílio e María Corina Machado na clandestinidade, líderes detidos e ruas paralisadas pelo medo, a oposição da Venezuela começa a ficar sem saída na sua disputa contra a questionada reeleição de Nicolás Maduro.
A saída de González do país ocorreu após a Justiça emitir um mandado de prisão contra ele, no dia 2 de setembro por não comparecimento a três convocações do Ministério Público do país após a oposição, da qual o político faz parte, publicar mais de 80% das atas de votação que afirma a vitória de Gonzáles.
O site virou o foco da investigação contra o diplomata de 75 anos por "desobediência às leis", "conspiração", "usurpação de funções" e "sabotagem".
A reeleição de Maduro é contestada não só pela oposição, que afirma ter provas de fraude, e por rivais históricos como os Estados Unidos, mas também por aliados como o Brasil e a Colômbia, que se depararam com um muro nos seus esforços para uma solução pacífica da crise pós-eleitoral.
Maduro, por sua vez, defende a sua vitória sem espaço, pelo menos publicamente, para negociação.
Assim como González Urrutia não aparecia em público desde 30 de julho, a líder da oposição María Corina Machado também está escondida.
O adversário de Maduro afirmou ao chegar a Madri que continuaria na "luta" pela "liberdade" da Venezuela.