O bilionário Elon Musk chamou o governo australiano de "fascista", após o país apresentar um projeto de lei para multar plataformas de redes sociais por não impedirem a desinformação.
O projeto, divulgado na quinta-feira (12), prevê multas de até 5% de seu faturamento anual por não cumprirem suas obrigações de segurança online.
"Fascistas", postou Musk na rede social X, de sua propriedade.
O regulador australiano de internet já havia processado a empresa de Musk este ano, por não remover vídeos "extremamente violentos" que mostravam o esfaqueamento de um padre em Sydney. Mas Musk venceu a disputa em primeira instância, medida que celebrou como vitória para a liberdade de expressão.
— Quando se trata dos seus interesses comerciais, ele é o defensor da liberdade de expressão. E quando não gosta, fecha tudo — disse o ministro de Serviços Governamentais, Bill Shorten, à emissora australiana Channel Nine.
Musk entrou em confronto com políticos e grupos de direitos digitais em todo o mundo, incluindo a União Europeia, que poderá decidir medidas contra o X em alguns meses, com possíveis multas.
No Brasil, onde o X foi suspenso em 30 de agosto por violações judiciais, Musk chamou o ministro Alexandre de Moraes, que expediu a ordem, de "ditador disfarçado de juiz".