Usando um quipá na cabeça, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, visitou nesta segunda-feira (27) o túmulo do rabino Lubavitch, em um cemitério do bairro do Queens, em Nova York, para agradecer pela vitória nas recentes eleições argentinas.
Um vídeo do portal judaico COLlive mostra o ultraliberal Milei chegando, em meio a aplausos, ao "Ohel de Rebbe", um panteão onde estão enterrados os restos mortais do influente rabino de origem ucraniana Menachem Mendel Schneerson, acompanhado pelos rabinos Mendy Kotlarsky e Simon Jacobson.
Após sua recente vitória no segundo turno presidencial argentino, Milei declarou à imprensa que faria esta visita ao Ohel do cemitério de Montefiore, para homenagear este representante do movimento Chabad-Lubavitch, um influente rabino ortodoxo da dinastia hassídica Lubavitch, que morreu em Nova York em 1994.
Segundo a imprensa argentina, Milei já havia visitado o túmulo do rabino ucraniano em julho. Embora seja católico, o economista manifestou interesse no estudo da Torá, livro sagrado do judaísmo.
Milei, que assumirá a presidência em 10 de dezembro, antes de ser candidato em 2022 e durante entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly em agosto, anunciou que se chegasse ao governo, além de estreitar os laços com Israel, passaria a embaixada argentina para Jerusalém, como fez o ex-presidente republicano dos EUA, Donald Trump (2017-2021).
A Argentina tem a maior comunidade de origem judaica - 250 mil pessoas - da América Latina e uma das maiores do mundo fora de Israel.
O presidente eleito, que viajou em avião privado, também se reunirá nesta segunda e terça-feira em Washington com responsáveis do governo do democrata Joe Biden, da Secretaria do Tesouro e de organizações internacionais de crédito, para explicar o seu plano econômico aos seus interlocutores: ajuste fiscal, desregulamentação, reforma monetária e do Estado.
Milei estava acompanhado de vários colaboradores, entre eles o chefe de Gabinete designado, Nicolás Posse, e Luis Caputo, assessor direto em assuntos financeiros e membro de sua futura equipe econômica.
* AFP