Mais de 200 caminhões carregando 3 mil toneladas de ajuda humanitária estão parados, aguardando liberação para entrar em Gaza, desde que Israel negociou com o Egito, o ingresso de suprimentos para os civis palestinos pela cidade fronteiriça de Rafah.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que está no Egito para tratar do tema, visitou a Rafah, onde está localizado o ponto de controle, e pediu que Israel e Egito liberem imediatamente a entrada do comboio. As informações são do g1.
A fila de centenas de caminhões carregando ajuda humanitária vinda de agências da ONU, organizações internacionais e governos, se estende por vários quilômetros.
Em Genebra, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, destacou que a entrada dos materiais pode ocorrer"amanhã (sábado) ou depois.
— Nós estamos em negociações profundas e avançadas com todas as partes relevantes para garantir que uma operação de ajuda em Gaza comece o mais rápido possível... a primeira entrega deve começar amanhã ou depois — disse Griffiths em Genebra.
A Casa Branca confirmou na quinta-feira (19) que 20 caminhões deveriam entrar nesta sexta (20), no território pela passagem de Rafah. O Egito, porém, fala em adiar a entrada até sábado (21), porque ainda seriam necessários reparos na estrada que dá acesso a Gaza, destruída pelos bombardeios. Mais de 200 caminhões carregando 3 mil toneladas de ajuda humanitária estão parados, aguardando liberação para entrar em Gaza.
Embora o acordo tenha sido um avanço, o subsecretário da ONU, Martin Griffiths, diz que seriam necessários cem caminhões por dia para que o nível de ajuda volte ao mesmo patamar de antes da guerra.
Bombardeios
Em Gaza, Israel voltou a bombardear Khan Yunis na quinta-feira, no sul do enclave palestino, perto de Rafah, onde muitos brasileiros aguardam o resgate. A região é para onde os militares israelenses aconselharam os palestinos a se refugiar das bombas lançadas na cidade de Gaza, no norte.
O Exército de Israel admite ser o autor dos bombardeios, mas garante que o alvo são terroristas do Hamas que se escondem entre a população civil.