O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, afirmou nesta quinta-feira (12) que, no momento, a prioridade do governo israelense é conter os avanços da guerra contra o grupo terrorista Hamas e proteger civis. O número de mortos no conflito ultrapassa os 2,3 mil.
— A grande diferença é que Israel está tentando evitar matar civis, e o Hamas tem o objetivo de destruir civis e militares. Infelizmente, estamos em situação de guerra, e a guerra tem danos desta natureza — disse Zonshine em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade.
Na entrevista à Rádio Gaúcha, o embaixador admitiu que a inteligência de Israel falhou por não conseguir evitar o ataque terrorista que deu início ao conflito, no sábado (7).
— Infelizmente, foi uma falha histórica da inteligência israelense. Ainda é cedo para analisar o problema de maneira calma e entender o que aconteceu, não podemos chegar a conclusões. Mas tenho certeza de que vamos entender e pensar em maneiras de operação para não sermos surpreendidos mais uma vez. Isso não poderia ter acontecido — destacou.
Questionado sobre a criação de um corredor humanitário na região de Gaza, defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o embaixador argumentou que isso pode ser discutido mais adiante:
— Temos muitos civis inocentes envolvidos. Vamos discutir sobre assuntos humanitários, mas, nesse momento, não há esse tipo de iniciativa. A decisão deve ser tomada pelo governo de Israel, junto de outras autoridades envolvidas.
Nesta quinta-feira, o ministro de Energia israelense, Israel Katz, afirmou que seu país não autorizará o abastecimento de energia ou água ou a entrada de combustível na Faixa de Gaza enquanto o Hamas não libertar os reféns que fez no sábado.