O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, nesta segunda-feira (26), que o Ocidente "não teve nada a ver" com a rebelião do grupo Wagner na Rússia, iniciada e abortada no fim de semana.
— Convoquei nossos aliados-chave a uma chamada por Zoom. Eles concordaram em que nós temos que ter certeza de não dar ao presidente russo, Vladimir Putin nenhuma desculpa para responsabilizar o Ocidente e a Otan por isso. Deixamos claro que não estávamos envolvidos. Não tivemos nada a ver, era um problema dentro do sistema russo — disse Biden a jornalistas.
O líder estadunidense disse estar em contato com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, para garantir-lhe o apoio de seu país.
— Para manter nossa coordenação, vou falar com os chefes de Estado e garantir que estejamos de acordo — disse o presidente, para quem é "muito cedo" para tirar conclusões sobre o ocorrido.
Durante 24 horas, as forças de Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo paramilitar Wagner, tomaram várias instalações militares na cidade estratégica de Rostov-on-Don, no sudoeste da Rússia, e percorreram 600 quilômetros em direção a Moscou.
Em Rostov, seus combatentes foram aplaudidos ao deixarem o quartel-general militar que haviam tomado, de onde são coordenadas as operações na Ucrânia.
A rebelião terminou após um acordo, em virtude do qual Prigozhin obteve garantias de imunidade para si e para seus homens em troca do fim do levante. Segundo o governo russo, ele deve se exilar na Belarus.