Um ataque na cidade de Louisville, em Kentucky, nos Estados Unidos, deixou cinco mortos nesta segunda-feira (10), entre eles o próprio autor do atentado. Pelo menos seis pessoas foram hospitalizadas.
Informações iniciais indicavam que havia cinco mortos, mas o número contava com o suspeito, que agiu sozinho e cujos motivos são desconhecidos. O FBI, a Polícia Federal americana, também confirmou que seus agentes especiais ajudam na resposta.
Em coletiva de imprensa, o chefe da policia de Louisville, Paul Humphrey, apontou que o estado de saúde das seis pessoas hospitalizadas ainda não era conhecido.
Ao canal de televisão local WHAS11, testemunhas disseram que viram um homem com "longa arma semiautomática" disparando diversas vezes dentro de um banco que fica nos arredores do Slugger Field, um estádio de beisebol com capacidade para pouco mais de 13 mil pessoas.
O governador do Estado, Andy Beshear, disse que estava indo para a cena do crime, e pediu orações para as famílias afetadas pela tragédia. Em uma entrevista coletiva, ele disse que perdeu dois amigos durante o ataque, entre eles "um amigo muito próximo", e que o banco atacado era onde tinha conta.
— Nós vamos nos unir como uma comunidade para trabalhar na prevenção desses atos horríveis de violência armada continuem aqui e por todo o Estado — disse o prefeito Craig Greenberg.
O senador Mitch McConnell, republicano do Kentucky e líder da minoria republicana no Senado, disse que está "devastado" com a tragédia, comentário similar ao do colega Rand Paul. Ambos são contra restrições mais duras a posse de armas no país, oposição comum entre seu Partido Republicano, que recebe financiamento maciço da Associação Nacional do Rifle (NRA), o principal lobby armamentista dos EUA.
Levantamento
Os Estados Unidos enfrentam o que o presidente Joe Biden classifica como uma epidemia de violência armada: segundo o Gun Violence Archive, grupo de pesquisa que monitora episódios em que ao menos quatro pessoas foram mortas ou feridas por armas de fogo, já houve ao menos 145 ataques a tiro nos Estados Unidos neste ano.
No ano passado, a contagem ficou em 647, dos quais 21 episódios envolveram cinco ou mais mortos. O incidente desta segunda ocorre duas semanas após uma mulher armada invadir uma pré-escola em Nashville, no Tennessee, e matar três crianças e três adultos.