— Faremos todo o possível para vencer este ano — afirmou o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, em discurso à nação nesta sexta-feira (24), dia em que a invasão russa completa um ano.
— Somos fortes. Estamos preparados para tudo. Derrotaremos todos, porque somos a Ucrânia— declarou em um vídeo divulgado nas redes sociais.
Zelensky afirmou ainda que "cada ucraniano perdeu alguém próximo" desde a invasão e que a Ucrânia não vai parar até que os russos "sejam punidos".
— Nunca os perdoaremos. Nunca descansaremos até que os assassinos russos sejam punidos. Pelo tribunal internacional, pelo julgamento de Deus ou por nossos soldados— acrescentou.
Zelensky disse ainda que as cidades de Bucha, Irpin, Kherson e Mariupol, entre outras, cenários de atrocidades atribuídas aos russos, símbolos da ocupação ou da resistência do exército de Kiev, são as "capitais da invencibilidade" ucraniana.
— Cidades de heróis. As capitais da invencibilidade— afirmou no discurso.
— A Ucrânia surpreendeu o mundo. A Ucrânia inspirou o mundo. A Ucrânia uniu o mundo. Há milhares de palavras para demonstrar — declarou Zelensky.
Pouco depois, o ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov, anunciou no Facebook que o país prepara uma contraofensiva para atacar o exército russo. "Atacaremos com mais força e a partir de distâncias maiores, no ar, em terra, no mar e no ciberespaço. Nossa contraofensiva vai acontecer. Estamos trabalhando duro para prepará-la", afirmou Reznikov.
"Há um ano era difícil obter armas importantes. Hoje, os países civilizados veem que vocês são o escudo no leste da Europa", acrescentou Reznikov, em referência às Forças Armadas.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou nesta sexta-feira que está "decidida a apoiar a Ucrânia" contra a Rússia e destacou que os esforços russos "para quebrar a determinação do bravo povo ucraniano estão fracassando".
Em um comunicado, a Otan faz um apelo ao governo russo para que acabe imediatamente com sua "guerra ilegal" e pede que as autoridades de Moscou respondam por seus "crimes de guerra". "Continuamos determinados a apoiar os esforços de longo prazo da Ucrânia para garantir seu futuro livre e democrático", afirma a nota da organização.
"Reafirmamos nosso apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente. Apoiamos plenamente o direito inerente da Ucrânia à autodefesa e a escolher seus próprios acordos de segurança", acrescenta o comunicado.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente e número dois do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, afirmou que o país está disposto a seguir "ate as fronteiras da Polônia" para assegurar a vitória na ofensiva contra a Ucrânia.
"Conquistaremos a vitória", escreveu Medvedev no Telegram. O objetivo "é provocar o maior recuo possível das fronteiras das ameaças contra nosso país, mesmo que sejam as fronteiras da Polônia".