O chefe do órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para os refugiados alertou nesta segunda-feira (10) que mais pessoas podem ser forçadas a deixar casas na Ucrânia após ataques russos com mísseis em Kiev e outras cidades.
— O horror do que aconteceu hoje na Ucrânia é imperdoável — disse, em Genebra, o alto comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi. — O bombardeio contra civis, casas e infraestrutura não militar de forma indiscriminada em muitas cidades da Ucrânia significa que a guerra se tornou mais difícil para os civis. Temo que os eventos destas últimas horas causem mais deslocamentos — completou.
Nesta segunda, a Rússia lançou a maior onda de ataques em meses na Ucrânia. As ações são uma resposta à explosão da ponte que liga a Rússia à península da Crimeia no fim de semana.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, mais de 7,6 milhões de ucranianos fugiram para a Europa em busca de asilo. Embora muitos deles tenham retornado, mais de 4,2 milhões de ucranianos se registraram para obter a condição de proteção temporária em países da União Europeia. Quase 7 milhões de pessoas deslocaram-se dentro do país, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Grandi indicou que as pessoas poderiam se mobilizar dentro da Ucrânia após os ataques desta segunda-feira, que deixaram 14 mortos e quase 100 feridos, segundo Kiev.