O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou os ataques da Rússia na Ucrânia. Nesta segunda-feira (10), a capital ucraniana, Kiev, e outras cidades do país foram alvos de bombardeios por mísseis de larga escala de Moscou. Biden responsabilizou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelas agressões e indicou que seguirá impondo sanções ao país.
"Eles mais uma vez demonstram a total brutalidade da guerra ilegal de Putin contra o povo ucraniano", destacou o presidente dos Estados Unidos, em comunicado. O presidente da França, Emmanuel Macron, também se pronunciara contra os ataques.
Na terça-feira (11), o G7 irá realizar uma reunião emergencial para discutir os últimos bombardeios, a pedido do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que seu secretário-geral, António Guterres, está "profundamente chocado" com os bombardeios e que os ataques constituem "outra escalada inaceitável da guerra e, como sempre, os civis estão pagando o preço mais alto".
Putin confirmou, nesta segunda-feira (10), que a série de ataques aéreos contra cidades por toda a Ucrânia, incluindo áreas distantes das frentes de batalha, como a capital Kiev, foram uma retaliação pela destruição da ponte da Crimeia, que era um importante ativo logístico de Moscou na guerra. Como fez no fim de semana, o presidente russo referiu-se ao episódio da ponte como "ataque terrorista".
Pelo menos 75 mísseis, segundo o Exército ucraniano, atingiram alvos em centros urbanos como Kiev, Lviv, Ternopil, e Zitomir, no oeste do país, Dnipro e Krementchuk, na região central, e Mikolaiv e Zaporizhia, no sul.
Desde junho, a capital ucraniana não era alvo de ataques russos. Somente no primeiro bombardeio, oito pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas, segundo o conselheiro-chefe do Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, Rostislav Smirnov.