Em meio a fortes ataques russos registrados na capital ucraniana Kiev e na cidade de Kharkiv, segunda maior do país, a Assembleia Geral da ONU para discutir a invasão russa à Ucrânia pretende encerrar a votação sobre o assunto nesta quarta-feira (2). O conflito no leste europeu completou uma semana.
No primeiro dia da reunião emergencial, na segunda-feira (28), os países se uniram em pedidos de um cessar-fogo das tropas russas. A reunião também foi marcada por trocas de acusações entre embaixadores da Rússia e da Ucrânia. Em seu segundo dia, na terça-feira (1º), o encontro discutiu possíveis punições contra a Rússia.
O voto dos países na Assembleia-Geral deve acontecer somente depois dos discursos de todos os países-membros. Uma das falas mais aguardadas é a da embaixadora dos Estados Unidos, Linda Thomas-Greenfield. Ela será a 112º a subir ao púlpito.
O objetivo da sessão é que os 193 membros da ONU se posicionem sobre a guerra que eclodiu devido à invasão russa à Ucrânia e sobre a violação da Carta das Nações Unidas.
O encontro extraordinário da ONU em caráter emergencial é raríssimo. Desde a fundação do grupo, em 1945, foram somente 11. Esta é a primeira vez desde 1982 que o Conselho de Segurança pede uma sessão da Assembleia Geral.
O pedido ocorreu depois que a Rússia vetou na última sexta-feira (27) um rascunho da ONU, a Resolução do Conselho de Segurança que teria condenado a invasão a Ucrânia.