Dias antes de o presidente russo, Vladimir Putin, chegar a Pequim para uma reunião de cúpula com o líder Xi Jinping, a China alertou os Estados Unidos e seus aliados a não "intensificarem a crise" em torno da Ucrânia, que está sob ameaça de invasão da Rússia.
Em conversa telefônica, o ministro de Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que todas as partes envolvidas devem "manter a calma e evitar fazer coisas que estimulem tensões", segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (27) pela chancelaria da China. O chanceler chinês disse que russos e americanos deveriam "abandonar a mentalidade da Guerra Fria" e negociar de maneira "equilibrada" uma solução.
A China expressou ainda que Moscou tem "preocupações de segurança razoáveis" que deveriam ser "levadas a sério". No diálogo Blinken, Wang disse ser contra a expansão da Otan na Europa. "A segurança regional não pode ser garantida pelo fortalecimento ou expansão dos blocos militares", afirmou.
O Departamento de Estado dos EUA, em comunicado com data de quarta-feira (26) pelo horário de Washington, diz que Blinken ressaltou a Wang os riscos impostos por agressões russas contra a Ucrânia. "Redução das tensões e diplomacia são o caminho responsável adiante", respondeu o secretário. Além disso, o representante norte-americano lembrou a Wang dos perigos globais de segurança e dos riscos econômicos que representariam novas agressões russas contra a Ucrânia.